Neste texto que quero relatar a minha experiência de apostasia.
Enviei uma carta simples e objetiva, pedindo a igreja matriz católica da cidade onde fui batizada quando um bebê, um documento que formalizava meu desligamento daquela religião. Trinta dias depois, recebi uma carta de papel timbrado emitida e assinada pelo bispo, que não simplesmente emitiu um papel formal, mas que ferozmente transformou seu diálogo dominical "amoroso", respondendo-me ao pedido com o envio de um texto ou que chamam de parábola onde é retratada a estória de uma árvore que quando tem um ramo que não produz um bom fruto deve mesmo ser extirpado, no caso para o bispo eu era este fruto que ele chamou de podre e que era bom mesmo então que saisse senão iria contaminar os outros. Como é volátil a carinha de bonzinho de um padre! Depois, sutilmente, me ameaçou como que elogiando os tempos modernos. Na verdade deixou nas entrelinhas que se fosse mais antigamente, ele teria me mandado à fogueira, e eu não duvidei nenhum pouco disso, obviamente.
Márcia Zaros
Nenhum comentário:
Postar um comentário