sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A cristandade acima da lei e da justiça

Paulo II obtivera o barrete cardinalício entregando Julia Farnese ao monstro Alexandre VI; eleito Papa, envenenou a mãe para se apoderar da sua possessão e, juntando um duplo incesto a um segundo parricídio, mandou matar uma das suas irmãs, com ciúmes dos amantes; envenenou Bosesforce, marido de Constância, sua filha, que ele tinha já corrompido. Em seguida aumenta a perseguição contra os desgraçados dos Luteranos. Seus sobrinhos tornam-se os executores da sua crueldade e ousam gabar-se publicamente, terem feito correr rios de sangue onde cavalos podiam nadar. Durante essas carnificinas o Papa entrega-se às suas monstruosas voluptuosidades com Constância, sua própria filha.

Júlio III juntando à crueldade a depravação, elege ao cardinalato um mancebo encarregado na sua casa do duplo emprego, guardar um macaco e prestar-se aos vergonhosos prazeres do Papa.

Paulo IV excita o furor do Rei de França contra os protestantes, forma com este uma aliança abominável pela destruição e devasta a Europa inteira. À sua morte, o povo cansado da violência insuportável dos Bispos de Roma e arruinado pela avidez insaciável dos padres, começa a despertar do sono letárgico em que estava sepultado, emancipa-se daquele jugo infernal e atroz, arromba os cárceres da Inquisição, larga fogo às prisões, derruba a estátua do Papa, quebra-lhe a cabeça e a mão direita, arrasta-a durante três dias pelas ruas de Roma.

Pio IV resolve despertar o fanatismo de Carlos IX e Filipe de Espanha, reúne-os em Bayonna para os convencer a exterminar os calvinistas.

Os princípios do pontificado de Gregório XIII foram assinalados pelo mais horrível de todos os crimes, o massacre de S. Bartolomeu, conspiração abominável levada a cabo por sugestão de Pio IV.

À meia-noite(Intermezzo), véspera de S. Bartolomeu, o relógio do palácio dá o sinal. Saint-Germain L`Auxerrois toca a rebate, e, ao som lúgubre dos sinos, os cristãos invadem as casas dos protestantes, degolando no seu leito as crianças e os velhos; apoderam-se das mulheres e depois de as haver ultrajado abrem-lhes as entranhas, tiram delas as suas crianças meio formadas, arrancam-lhes o coração e com uma ferocidade sem dó de que só a fé é capaz, rasgam-nas com os dentes e devoram-nas. Coisa quase inacreditável, tão horrível é a acção. Os homens pereciam pelo ferro e pelo fogo, as mulheres eram violadas antes de serem enforcadas, afogadas ou massacradas e os cadáveres manchados ainda pela luxúria daqueles algozes fanáticos. Os padres e os frades eram os próprios a degolarem aquelas vítimas inocentes; obedecendo às ordens do Pontífice de Roma.

Fonte bibliográfica: Lachatre, Maurice. Os crimes dos Papas.


O monoteísmo é uma grande invenção fundamentalista e tática militar, e a crença mais propensa à insuflação de guerras "santas". Os judeus inventaram o deus único, o exército único, o único povo eleito por deus e o ocidente nunca mais se livrou da intolerância religiosa. - Depois de o mundo inteiro saber dos inúmeros casos de pedofilia e abusos sexuais contra meninos,exercido pelos padres, vê-los nos altares a apelar aos valores morais da cristantade, realmente só convence quem gosta das mesmas coisas que eles.

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