quinta-feira, 14 de março de 2013

Manifesto por uma República Laica e sem Patriarcado

A Lei da Liberdade Religiosa deveria ser revogada, pois reconhece ao Estado competência em matéria que deveria relevar unicamente da consciência de cada cidadão, introduz uma autêntica hierarquização qualitativa das confissões religiosas e confunde deliberadamente a relação entre o cidadão e o Estado com a relação entre o crente e a sua comunidade religiosa, nomeadamente ao possibilitar a existência de isenção «imposto de igreja» a colectar pelo Estado.
Pelo fim do privilégio fiscal as religiões!

A Constituição da República Brasileira estabelece claramente um regime de separação entre o Estado e as igrejas ou outras comunidades religiosas; porém, subsistem no Brasil práticas e normas legislativas que subvertem decisivamente o princípio republicano da Laicidade do Estado.

A existência de uma Lei da Liberdade Religiosa que, pelo conjunto de privilégios que reconhece a supremacia de uma religião propõe estender, de forma desigual, a algumas das demais comunidades confessionais presentes no país, cria inevitavelmente situações de discriminação entre os cidadãos .

Não há representatividade no Comite que delega o ensino religioso nas escolas, dos irreligioso, ateus agnósticos e céticos.  
Nas salas de aula onde se trabalham os discursos da diversidade pluralidade e tolerância, não é apresentado a opção de modo de entender o mundo sem a mediação da religião e/ou a submição à teocracia.                  



nota:


Patriarcado não é sinônimo de homem. Nunca foi. Patriarcado é uma palavra derivada do grego pater, e se refere a um território ou jurisdição governado por um patriarca e culturalmente o patriarcado é um sistema ideológico tendo por base o poder do patriarca. Os ideiais republicanos são incompatíveis com o patriarcado!

A teocracia é baseada no patriarcado. Essa ideologia é a fonte de todas as formas de discriminação  e o preconceito contra as mulheres.

 O fato de  não aceitarmos a ideologia do patriarcado nem a teocracia baseado nela não quer dizer que queremos impor um matriarcado, ainda que este sistema sob uma deísa,teria muito mais chance de ser amável e cuidadora dos seus filhos do que o tirano bíblico. Parodeando: no máximo o “inferno” seria ficar no quarto de “castigo” até a hora do jantar.

Mas no mundo real dos humanos, a vida em sociedade é por ela regulamenta pelas leis e apoiada pelo bom senso.

O movimento feminista não é uma luta para impor uma ideologia matriarcal, é uma luta por igualdade social.

No Brasil já temos uma presidenta. E isso representa a igualdade e não uma ideologia matriarcal sendo posta em prática, como muitos insistem em se equivocar.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário