O que você acha da isenção de impostos dada as igrejas?
Em minha cidade o melhor colégio é o das freiras da igreja católica onde somente os filhos dos ricos podem estudar. As mensalidades do ensino fundamental, por exemplo, custam mais que uma faculdade de direito. Ou seja a igreja é isenta de impostos, e enriquece cobrando taxas. Eu vou contar um caso até engraçado que ocorreu comigo em minha cidade. Certa vez eu queria comprar uma máquina de serrar madeira, para a minha pequena marcenaria e eu já havia negociado o preço com um vendedor. Mas depois de combinarmos a venda ele me ligou dizendo que não poderia mais me vender a máquina. Ao lhe perguntar o porque da mudança do negócio, então ele me disse que uma freira do colégio, havia lhe oferecido o dobro e que lhe pagaria a vista. E eu que iria comprar a máquina em três vezes e com três cheques pré-datados, fiquei a ver navios e foi assim que inaugurei minha entrada no comércio, logo de cara concorrendo com uma freira rica, seria até engraçado se eu não soubesse que as igrejas, bem como seus sacerdotes não deveriam exercer atividades comerciais segundo a lei. Mas nada disso funciona na prática, não é mesmo?
As casas dos padres e das freiras, bispos ou pastores em geral também são isentas de impostos, assim também são as suas frotas de veículos. As instituições religiosas constituem verdadeiros estados paralelos dentro do Estado oficial, e se ainda levarmos em conta as lavagens de dinheiro e as fraudes, bem como a cobrança de dízimo, muitas vezes até vinculadas ao desconto em folha, bem como na emissão de duplicatas como bem o fazem muitas dessas instituições, são verdadeiros crimes impunes e em nome de uma divindade.
Se você não concorda com essa situação, não seria correto, e mais justo uma revisão na Constituição do artigo 150, que prevê esta isenção?
Um pequeno comerciante, que queira abrir um pequeno negócio e que pretenda se expandir e oferecer empregos a sociedade, não tem todo o apoio que uma igreja tem desde a sua abertura. Mais da metade das micro empresas fecham por falência antes de completarem dois anos de abertura, e as causas principais são as altas taxas fiscais tornando seus serviços e produtos sem competitividade no mercado. Mas o contrário ocorre com as instituições religiosas. Logo que entram com a papelada, já recebem vantagens bancárias e em pouquíssimo tempo constroem verdadeiros impérios financeiros. Em poucos meses possuem frotas de veículos e sede própria. Como não precisam declarar nem emitir notas fiscais, podem lavar dinheiro, por exemplo, fazendo-o constar como um gordo dízimo. E por aí vai.
Até quando nós silenciaremos diante desse “religioso mercado predatório” ?
Não deveríamos exigir uma mudança constitucional, retirando esse privilégio dos templos?
Márcia Zaros
Olá.
ResponderExcluirSeu comentário no blog DeusILUSÃO foi parar na caixa de spam por deficiência do sistema de filtragem do site, mas já foi resgatado e postado no texto de ontem, no devido lugar. Lamento por isso.
Achei muito interessante o seu comentário e deixei lá uma resposta a ele. Pretendo, em breve, retornar ao seu blog para ler algumas postagens suas.
Grato pela visita.